A Nokia, uma das maiores empresas no mercado de celulares e smartphones recentemente fez uma parceria um tanto arriscada: Apostou todas as fichas no Windows Mobile (agora chamado Windows Phone 7).
O CEO da empresa, Stephen Elop, declarou que dentre outros motivos a não-adoção do Android e determinação do carro-chefe como a Microsoft se deve ao desejo de diferenciar os aparelhos da Nokia de alguma forma, já que todos os concorrentes são quase a mesma coisa hoje.
A mesma coisa, pois comparando celulares poderosos como Samsung Galaxy SII, Motorola Atrix (que perdeu mercado mais rápido que o processador Dual-Core da concorrência) e LG Optimus X2, a diferença fica restrita ao hardware pois todos os recursos de software desde aparência e compatibilidade com extensões e apps fica na mesma. Nenhum fabricante, hoje, causa uma revolução no mercado Brasileiro.
Digo, Brasileiro, pois aparentemente a LG traz um aparelho com inovação, o Optimus 3D. Infelizmente não sabemos exatamente o quão boa é a tecnologia de 3D sem óculos na tela do aparelho exatamente pela falta de um vídeo real (o que é impossível já que o efeito é causado pelo olho) e também pela ausência do aparelho no mercado Brasileiro. O preço dele provavelmente será compatível com Motorola Atrix e Samsung Galaxy SII, o que pode destruir totalmente a concorrência caso o efeito seja satisfatório.
E a revolução esperada e que nunca acontece é a melhora das baterias desses aparelhos, porque depois que a disputa começou somente no hardware eles consomem cada vez mais rápido a energia, e de nada serve um aparelho tão moderno se não pode-se utilizar os recursos nem por um dia sem carregá-la.
A estratégia da Nokia então, é sair dessa guerra de hardware pela tangente e criar seu Windows Phone. A expectativa não é das melhores já que o sistema da Microsoft é cheio de limitações inacreditáveis, como por exemplo a falta do protocolo Bluetooth para envio de arquivos e a incapacidade de trabalhar com cartão de memória deixando o usuário só na memória interna.
É de se esperar, porém, que caso essas limitações continuem na versão do sistema feito pela Nokia desenvolvedores criarão aplicativos para liberá-las tal qual no Android que não possui Java (J2ME) por exemplo. Mas nem tudo são flores, há de se lembrar que atualizações para o sistema Windows na versão mobile praticamente não existem. Em contrapartida o Android parece literalmente aprender e evoluir surpreendendo os usuários.
Resta o tempo mostrar se as fichas da Nokia foram bem apostadas, ou veremos uma empresa entrar em decadência.
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